Goiânia e sua Bananada

Texto de Verônica Aragão

Entre os dias 12 a 18 de agosto um dos maiores festivais de música da região será feito pela 21ª vez. Com nomes como Pitty, Criolo, Baco Exu do Blues, Liniker e Boogaris, o Festival Bananada promete entregar ao público de Goiânia um evento repleto de música, arte e diversidade.

Arte por Beatriz Perini

Goiânia, a cidade conhecida como “a capital do rock”, anualmente sedia o Festival Bananada, um tradicional evento de música que une o melhor som produzido em diversas regiões do país. Em 2019, a 21ª edição do festival será realizada entre os dias 12 e 18 de agosto, sediado em várias localidades da cidade como em parques públicos e no shopping Passeio das Águas. Os ingressos estão à venda na internet através do site Sympla.

Já foi divulgada a lista dos artistas que vão tocar nesta edição do Bananada, a escolha da produção do evento foi feita para agradar a “gregos e troianos”, visto que esse ano conta com uma mistura de estilos e regionalidades típicas da música brasileira. Desde o rap político de Criolo, ao Pop “sofrência” de Duda Beat, o rock cadencial de Pitty, a MPB tropical de Tulipa Ruiz e a inovação de Baco Exu do Blues, todos os estilos tem espaço nos palcos da atração. Mais uma vez o festival se mostra inclusivo e global, antenado às tendências e gostos dos goianienses.

Mix de sons

A produção local também estará bem representada na 21ª edição do evento. A banda goiana de rock psicodélico, Boogarins, é um dos principais nomes a participar do festival. Além dela, outros artistas regionais serão parte da atração, como: Brvnks, Mateus Carrilho, Davi Sabbag, Bruna Mendez, Beto Cupertino, Goiaba e os Tranquilos, Bebel Roriz, Diego Mascate, Kleuber Garcêz, Caffeine Lullabies e Niela. O que mostra a importância dada à necessidade de dar visibilidade às bandas locais, um dos objetivos do festival desde seu início.

Apesar do foco em fortalecer o cenário local e trazer nomes nacionais para Goiânia, o festival contará também com reforços internacionais para compor a lista heterogênea de músicos, como por exemplo a Frente Cumbiero (Colômbia), Paus (Portugal) e The Holydrug Couple (Chile). Essa edição tenta provar a capacidade da produção em construir algo único e de qualidade com uma verdadeira “salada de frutas” musical.

Reprodução: Festival Bananada

A História do Festival

Em 1999 o Festival Bananada nasceu por causa da procura por mais espaço para que bandas goianas pudessem se apresentar na cidade. O primeiro local a sediar os shows foi um pequeno pub chamado Território Brasileiro, localizado no bairro Jardim Goiás. A casa ficou lotada com público goiano, que foi conferir os shows de bandas regionais como a Proto (DF) e MQN. A pessoa por trás dessa ideia foi Fabrício Nobre, dono do selo Me and My Monkey Records. Inclusive foi a partir do selo que surgiu o nome do festival, um trocadilho com o alimento do macaco, símbolo da gravadora. Em 2000, o Bananada deu um salto em proporção e foi feito um evento maior, que contou com nomes conhecidos no país. A partir de então o festival entrou para o calendário cultural da cidade.

Mais detalhes sobre o evento no site oficial: https://www.festivalbananada.com.br/