O movimento #MeeToo no cenário musical brasileiro
- escutaaquiweb
- 26 de jun. de 2019
- 12 min de leitura
Atualizado: 27 de jun. de 2019
Nos últimos dois anos vários setores foram abalados pela onda de denúncias de assédio e violência sexual que destruiu carreiras de homens poderosos acusados de machismo. Esse movimento também influenciou reações de mulheres no Brasil e o meio musical é um dos focos do movimento #MeToo.
Reportagem de Verônica Aragão, Claudia Castro e Leticia Brito.

Quando escutamos uma música, nem sempre pensamos quanto trabalho é necessário para que ela seja produzida. Além das composições líricas, arranjos sonoros e gravações, existe um sistema extremamente burocrático, entre cantores, contratos e gravadoras, o buraco é muito mais fundo e sombrio. Controle de imagem, acordos de negócios e contratos milionários comandam a carreira e, automaticamente, a vida dos artistas. De acordo com a cantora Lily Allen, são exatamente esses contratos que escondem toda a imundice do mundo da música.
Em outubro de 2017, um grande escândalo abala Hollywood: mais de 30 mulheres denunciam o mega produtor de filmes, Harvey Weinstein, por assédio sexual e estupro. A partir disso, as mulheres - atrizes, produtoras, cinegrafistas - deram as mãos e iniciaram o movimento Me Too, para apoiar umas as outras à denunciar seus abusadores e agressores. Grandes nomes da industria cinematográfica hollywoodiana foram expostos, como Kevin Spacey, os irmãos Ben e Casey Affleck, Dustin Hoffman, Steven Seagal e Jeremy Piven e diversos outros.
O movimento se expandiu, e mulheres de vários outros campos se uniram em um grito de coragem a fim de liquidar a cultura machista e agressora que atormenta as mulheres não só no campo de trabalho, mas na vida social como um todo. E na industria musical não é diferente. “Quando eu comecei no mundo da música, quando tinha cerca de 19 anos, [assédio] era a regra, não a exceção”, afirma a cantora Lady Gaga. Mas como reforçou Lily Allen, o movimento Me Too demorou para se manifestar entre as artistas no meio musical “porque somos autônomos. Não podemos ir à gravadora, não há ninguém cuidando de você. Você está por conta própria”, disse à New Statesman.
O assédio sexual e a quebra do silêncio
Stefani Germanotta era apenas uma adolescente de 19 anos, lutando para realizar o sonho de cantar profissionalmente, quando assinou seu primeiro contrato com uma gravadora. Os olhos brilhavam, imaginando o futuro triunfante que lhe esperará. Era o princípio da efetivação daquilo que ela tanto batalhou, o fio de esperança que ela precisava… mas que foi rompido bruscamente, pelo machismo, pela opressão e objetificação dos corpos femininos. Nessa época ela ainda era apenas Stefani, mas não desistiu, em silêncio, ela continuou lutando pelo futuro de sua carreira. Hoje, o mundo a conhece como Lady Gaga: cantora, compositora, atriz e filantropa.
"Depois que fui abusada, mudei para sempre. Uma parte de mim se fechou por muitos anos. Eu não contei pra ninguém. E eu sinto vergonha até hoje. Sinto vergonha pelo que aconteceu comigo. Ainda sinto que foi minha culpa. Depois que revelei o que aconteceu comigo para outros homens poderosos da indústria, ninguém me ajudou. Ninguém me ofereceu apoio ou ajuda para um lugar onde tivesse justiça, eles nem mesmo me ofereceram a ajuda psicológica que eu precisava. Eles se esconderam porque tinham medo de perder seu poder. E por causa disso, eu me escondi também", desabafou Gaga em seu discurso ao ser homenageada no evento ELLE’s Women in Hollywood.
Lady Gaga não foi a única a se manter em silêncio ao ser violentada. Em 2013 Kesha entrou com um processo contra o produtor Dr. Luke, denunciando que foi abusada por ele por mais de dez anos. Os dois tinham um contrato no qual a cantora deveria produzir seis álbuns com Luke e não poderia trabalhar com ninguém mais além dele. No inquérito contra o produtor, Kesha apenas pedia a anulação do contrato, após anos de abusos sexuais e psicológicos. A luta nos tribunais durou cinco anos, sendo negada diversas vezes pois segundo os juízes, ela não tinha provas o suficiente para comprovar os abusos.
As despesas altíssimas com advogados começaram a ser um problema, e foi nesse momento, que mais uma vez, a união das mulheres mostrou sua força. Após Kesha perder mais uma vez o processo, a cantora Taylor Swift doou US$ 250.000 para ajudar com os custos. Até que em 2018, Kesha finalmente pode comemorar sua vitória. Ela poderia trabalhar com outros produtores, porém, com a mesma gravadora e parte dos lucros deveriam ser repassados ao produtor.
A empatia de Taylor Swift também conta uma história de assédio. Um radialista apalpou Taylor por detrás, sem a permissão da mesma. David Mueller processou a cantora alegando que ela o fez ser demitido injustamente. Porém o júri se posicionou em favor de Swift por assédio sexual e forçou Mueller a pagar um valor simbólico de um dólar à Taylor, segundo a CNN. Após a vencer no tribunal, a cantora prometeu fazer doações a “várias organizações que ajudam vítimas de assédio sexual a se defenderem”. Ela também afirmou que pediu apenas um dólar, pois era “como exemplo para mais mulheres que possam resistir e tornar públicos outros casos ultrajantes e humilhantes como este.”
A cantora pop também deixou claro que reconhece “o privilégio do qual eu me beneficio na vida, na sociedade e na minha capacidade de arcar com os custos de defender a mim mesma em um julgamento como este. Minha esperança é poder ajudar aquelas cujas vozes também devem ser ouvidas. Portanto, farei doações em um futuro próximo a várias organizações que ajudam vítimas de assédio sexual a se defenderem”. E foi inspirado em iniciativas corajosas como essas, que o movimento Me Too se ergueu e ganhou força na luta contra o assédio sexual dentro da industria musical.
Machismo no cenário musical brasileiro

Quem imaginaria no início de 2017 que aquele ano se tornaria um divisor de águas para as denúncias de assédio? Até então casos como as denúncias que suscitaram o movimento “Me Too” não ganharam esse tipo de repercussão midiática e apoio público, sendo esta uma das razões para muitas vítimas não acusarem seus agressores. Afinal, tratando-se de uma sociedade que ainda é muito dependente de preconceitos, muitas das que denunciaram no passado acabaram sofrendo sozinhas e foram culpabilizadas.
Apesar de o impacto do movimento ter sido menor em terras brasileiras, ainda assim a reação contra o machismo repercutiu por aqui, principalmente no cenário musical independente. Comportamentos que haviam sido naturalizados por décadas, agressões que durante anos passaram despercebidas do público agora são motivos para que artistas percam fãs e até mesmo oportunidades de tocar em shows e festivais. O maior exemplo disso foi uma lista colaborativa chamada “Bandas brasileiras que você deveria evitar”, criada para expor denúncias de assédio e agressão sexual contra músicos de bandas conhecidas.
Por trás da ideia de expor comportamentos misóginos dentro da indústria musical estava a jornalista Carolina Vicari. Aos 19 anos e cansada de ver passar em branco denúncias de machismo, assédio e agressão sexual na cena musical independente, o estopim que a incentivou a tomar uma atitude foi a denúncia de relacionamento abusivo e agressão física de Carla Corleone, a ex-namorada do músico Felipe Zancanaro, integrante da banda Apanhador Só.
Carolina acompanha de perto o cenário musical do Rio Grande do Sul e até mesmo criou e administra a página do Facebook “Apoie a Cena”, que tem como objetivo divulgar o meio musical independente do seu estado. Cansada de ler relatos de machismo de integrantes de bandas famosas, ela sentiu-se obrigada a usar a página para divulgar esse tipo de atitude machista que as mulheres, em sua opinião, não deveriam apoiar.
Sem revelar a identidade das vítimas, a lista no site Medium chamada “Bandas brasileiras com denúncias de atitudes machistas“, reuniu imagens de textos denunciando 21 artistas e bandas, como Criolo, Francisco El Hombre, Apanhador Só, Carne Doce, CPM 22, entre outros. A lista baseava-se nos relatos e prints das vítimas, porém ela foi retirada do ar desde a sua postagem em agosto de 2017, por motivos legais.
A onda de denúncias foi fortalecida com a criação da hashtag #MeuArtistaSecreto, com a qual usuárias das redes sociais escreveram depoimentos impactantes sobre casos de abuso sexual, agressão e estupro envolvendo homens famosos.
Reação das redes sociais

O movimento #MeToo nas redes sociais não foi a única reação de mulheres, famosas e anônimas, contra o machismo. Muitas utilizaram a internet como plataforma para dar voz às suas denúncias e reclamações. Hashtags como #MeuAmigoSecreto, #MeuProfessorAssediador e #MeuArtistaSecreto tomaram conta do meio virtual em diversas ocasiões dos últimos anos. Falando em especial do meio musical, a hashtag “Meu artista secreto” trouxe uma avalanche de relatos de violência e machismo à tona.
Mulheres que frequentam o meio musical, seja enquanto fãs ou musicistas, finalmente quebraram uma forte barreira de coleguismo, algo comum na música, para expressar suas histórias de violência de gênero. Uma facilidade das tags é que não exigem que a mulher dê nome ao homem a quem se refere. Muitas sentem que assim estão mais protegidas da reação negativa que se seguirá. Apesar disso, várias vezes que as tags foram utilizadas, outras pessoas conseguiram identificar de quem se tratava. Esse motivo tem sido mais um ponto de polêmica e críticas nesse tipo de denúncia: a exposição do suposto agressor e os efeitos que isso pode ter na vida dessa pessoa.
No caso específico das bandas, as mulheres foram além e expuseram os grupos cujos integrantes protagonizaram momentos de machismo, porém as próprias bandas também foram responsabilizadas por presenciar os episódios denunciados e ficar ao lado dos agressores. A repercussão foi tanta que até mesmo mulheres que trabalham no meio musical se manifestaram contra o machismo desse ambiente. Foi o caso de Nathalí Macedo, escritora, roteirista e cantora, que utilizou sua coluna em um jornal online para falar sobre o #MeuArtistaSecreto.
“Então, sim, a cena alternativa é machista. O rock – da velha e da nova guarda, se é que o rock, coitado, tem nova guarda, – é machista. Desde sempre. O palco é, em geral, um lugar feito para homens. […] Todos os músicos com os quais me envolvi afetiva e sexualmente – sempre fui a maior Maria Palheta que você respeita – me sacanearam de alguma forma: traição, deslealdade, violência psicológica ou só sexo ruim, mesmo. Vieram-me então vários nomes pra jogar no ventilador quando descobri a existência da tag #MeuArtistaSecreto.” (Leia o relato na íntegra aqui)
Apesar das palavras fortes, Nathalí discorda da utilização de tags desse tipo como estratégia feminista. Segundo ela, essa atitude de expor e atacar músicos machistas leva o movimento a uma cultura do ódio, que não seria construtiva e nem educaria as próximas gerações de homens. Atualmente chama-se essa prática como “cultura do cancelamento” e ela não persiste somente em denúncias de machismo.
#Gusminion e a cultura machista do “músico pegador”

Outra tag utilizada para denunciar o machismo na música foi a #gusminion popularizada no twitter por Luiza Pereira, vocalista da banda Inky e ex-namorada de Gustavo Bertoni, cantor da banda Scalene. A banda brasiliense estourou no país graças à participação no programa musical “Superstar” da Rede Globo. Desde então suas músicas ganharam muitos fãs, o que só aumentou a popularidade dos integrantes da Scalene e o tal “sucesso com as fãs”.
Gustavo Bertoni, no auge de sua carreira no rock, e namorando durante três anos uma linda vocalista do meio, conseguiu a proeza de obter todo um movimento contra ele através da tag que o compara a um “bolsominion”. Isso não se dá devido ao posicionamento político e sim por causa da postura dele no âmbito pessoal. As denúncias vão desde traições aos montes, à manipulação e abuso psicológico.
À Luiza uniram-se diversas fãs da banda com quem Gustavo a traiu, outras a quem ele assediou e até uma ex-namorada dele, a influencer Vic Hollo, que relatou o mesmo comportamento durante o seu envolvimento com o músico. A tag gerou muita conversa sobre o machismo na música em 2019 e provou que o movimento iniciado em 2017 está longe de se tornar desnecessário. Isso aponta para uma atitude em comum de Gustavo, Felipe e tantos outros citados nas tags: o machismo do meio os leva a crer que podem trair as companheiras, chegar ao extremo de agredi-las, expor mulheres à DSTs e, ainda assim, serão recebidos sempre de braços abertos pelo meio musical independente.
Músicos goianos

Enquanto buscava fontes para escrever essa reportagem me deparei com mais uma denúncia desagradável, dessa vez sobre músicos muito próximos geográfica e sentimentalmente. Anonimamente, uma fã do meio musical independente falou comigo sobre os casos mais conhecidos. Antes, acho importante contar que a primeira banda goiana que ouvi ao me mudar para o estado foi Carne Doce e de cara houve uma forte identificação com o som, as letras, a vocalista feminista. Me tornei fã de carteirinha da banda, dessas que vai no show, compra cartaz e camiseta da banda, abraça a vocalista e tira selfie com ela. Lá por meados de 2015 eu tinha certeza que havia encontrado o meu amor musical.
Por isso doeu saber sobre as denúncias que foram feitas contra a banda. Em 2018 a mais séria de todas as denúncias possíveis: estupro. E foi sobre isso que minha amiga quis falar, o caso de machismo no meio musical que ela conhecia era sobre uma banda que eu adorava. A denúncia é que em 2017 o então baterista da banda cometeu um estupro. A vítima era amiga dele, conhecida dos rolês musicais de Goiânia e alguém que por muito tempo guardou para si esse caso de violência antes de expor o que sofreu.
A reação da banda, que ficou conhecida por lançar um CD ultra feminista chamado “Princesa”, foi deslegitimar a denúncia. Eventualmente, eles voltaram atrás após as reações negativas do públicos e a vocalista pediu desculpas. O baterista foi afastado da banda, mas não foi o suficiente para ninguém. Afinal, o que se espera de uma banda famosa pelo posicionamento progressista e à favor das mulheres? Tudo menos machismo.
Outra banda citada pela mesma entrevistada, a C.F. (que quis se manter anônima), é a Ultra Vespa, cujo um ex-integrante possui mais de 20 denúncias de atitudes machistas contra mulheres, dentre elas: assédio, agressão e estupro. Até hoje nada aconteceu com o denunciado e a banda continua na ativa, agora sem ele.
É importante esclarecer que em várias dessas denúncias os acusados reconheceram seus erros ou crimes publicamente. É o caso de Gustavo Bertoni e Felipe Zancanaro, que se desculparam com suas ex-companheiras publicamente, outros acusados não quiseram falar do assunto e conseguiram tirar a lista do Medium do ar. No entanto, o que não houve nos casos que pesquisei foi um posicionamento das bandas cujos membros têm práticas machistas.
Muitas dessas bandas citadas na reportagem cantam sobre a liberdade feminina, feminismo e empoderamento, até se mostram extremamente progressistas nas letras que agradam o público jovem e liberal, mas na hora de mostrar apoio às vítimas de violência de gênero no meio musical o que nós escutamos é o silêncio.
Violência naturalizada
De acordo com a socióloga e pesquisadora do Núcleo de Estudos sobre Criminalidade e Violência (NECRIVI) da Universidade Federal de Goiás (UFG), Michele Franco, as situações de assédio e abuso sexual sofridas por mulheres que seguem carreira musical tendem a ser naturalizadas e ignoradas por um conjunto de fatores. Um deles é que na maioria das profissões, a competência é vista como uma característica masculina e há a uma crença de que mulheres que alcançam cargos elevados só chegaram neste nível da hierarquia, por meio do “uso do corpo”.
Quanto aos abusos praticados por músicos contra mulheres que frequentam shows no papel de fãs, a socióloga comenta que esses são outros exemplos de objetificação do corpo feminino, visto comumente como serviço para o prazer masculino.” Nesse sentido, havendo uma hierarquia em virtude da posição de prestígio do homem, é como se a mulher devesse ficar lisonjeada de ser desejada por um astro, já que seu corpo é sua melhor moeda de troca. Não tratamos com naturalidade o inverso, uma cantora famosa assediando garotos e os colocando na posição de objetos de prazer. Mais uma vez, decorre da naturalização da crença de que quem detém poder é o homem”.
Para a psicóloga do Núcleo de Vigilância a Violências e Promoção da Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, Cida Alves, nem sempre a dominação ocorre pela força física. “O controle pode ser emocional e fazer com que a dominação seja aceita pelo próprio ‘dominado’ como um valor natural. Pode haver casos em que a vítima se submete às agressões cometidas por homens que ocupem uma posição de poder econômico ou poder hierárquico nos grupos que ela frequenta. Parte dessa submissão ocorre por medo das críticas feitas ao expor o autor da violência.”
Por causa disso, as mulheres violentadas às vezes se sentem dispostas a falar sobre o caso só anos mais tarde ao ocorrido. Conforme Cida, outro motivo para as denúncias tardarem é a dissonância cognitiva, fenômeno que ocorre quando o agressor é umas pessoa de confiança da agredida, que jamais seria suspeito de praticar tais atos. Essa quebra de expectativas é transformada na recusa de aceitar que a violência aconteceu. Mais tarde, isso pode ocasionar até mesmo no bloqueio da memória por mecanismos de defesa do próprio cérebro.
Reações
Michele, no entanto, acredita que as pessoas estão cada vez mais conscientes sobre seus direitos e isso já é um passo importante para acabar com o machismo e sexismo que transformam o corpo feminino em objeto a serviço de homens. “É importante que mulheres que tenham voz em um movimento de sororidade façam que oportunidades sejam ampliadas para outras, por meio da solidariedade, da coragem de denunciar, discutir e se posicionar frente às injustiças de toda ordem provocadas pelo machismo”.
A psicóloga Cida Alves afirma que movimentos como o #MeToo, do qual participaram atrizes e cantoras são importantes para fazer com que as mulheres que enfrentaram a violência se sintam encorajadas a denunciar. “A repercussão é maior ainda quando as porta-vozes dessas denúncias são figuras públicas”.
A delegada Paula Meotti, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) - Região Central – explica que em casos de importunação e abuso sexual a delegacia conta com apoio oferecido por psicólogas para as vítimas que forem até lá fazerem as denúncias. Além disso, uma assistente social fica presente, para fazer os encaminhamentos que forem necessários. “Também integram a equipe, policiais que passam por treinamento especializado para lidar com esses casos, sendo possível dessa forma, o acolhimento às mulheres abusadas ou assediadas seja o mais humano possível.”
Saiba o que configura importunação sexual nessa entrevista feita pela TV Senado:
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